segunda-feira, 13 de outubro de 2014

É possível criar depois da morte?...

Texto do livro ;"O Espiritismo na Arte" de Léon Denis

          (...) O homem forja o ferro, funde o bronze e o vidro, esculpe a pedra, ergue estátuas, constrói palácios e templos; o homem perfura montanhas e reúne os mares.
         No espaço, porém, esse poder criador afirma-se tanto mais intensamente quanto mais sutil é a matéria fluídica e quanto mais o espírito tenha aprendido a combinar os elementos etéreos que são a própria substância do Universo. Lá, todas as dificuldades da obra desaparecem; basta uma ação mental firme para dar aos fluidos as formas que o espírito quer realizar e tornar duráveis.
Wassily Kandinsky 1866-1944

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O caráter do japonês

          O caráter geral de uma nação de trinta e cinco milhões de habitantes é muito difícil de se descrever exatamente.
         Os japoneses do sul não parecem de modo algum com os japoneses do norte. Apenas alguns pontos são comuns em todo o país. Esses pontos são: o amor à pátria, o amor filial, o cuidado com os seus parentes, a educação, a paciência, a ordem, a honestidade e a sensibilidade artística.
          É grande a consideração que se demonstra aos sábios e aos artistas. As obras de arte são sempre deslocadas  com cuidado. Inclusive, manuseiam  os objetos do cotidiano com atenção, e pode-se deixar lavar por qualquer empregada as louças mais preciosas. Se acaso ela não conhece esses objetos, seu instinto a guia.(...)
          Dizem os viajantes que os japoneses têm o caráter alegre; digamos que procuramos ser polidos e agradáveis. O primeiro de nossos reis, Ooanamouti, achava que o sorriso é  princípio da felicidade e da fortuna.
          (...)
          Mas os japoneses não são desprovidos de outras qualidades.
           Quanto mais reservados, mais suas reflexões são perspicazes, pois no fundo, os japoneses são muito meditadores;  são também modestos e prudentes em suas conversações. Entre amigos, eles são francos e confiados; mas para os outros eles só dizem suas opiniões se lhes perguntam. Nesse caso, eles se interessam realmente. Esse caráter reservado é compensado pelo brilho que se manifesta na poesia e na arte.
        (...)
Full page from Paris Illustré (Le japon)
4th may 1886
Van Gogh Museum, Amsterdan
Labo Philo
www.labophilo.blogspot.com.br
"L´evolution des arts de la table" 


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Paulo Renato Colombiano

Imagens no Celular
Muita criatividade no trabalho de  produção da Imagem, que se inspira no encontro do olhar com as formas naturais, com as marcas que  o tempo deixa sobre a superfície das coisas, com as transformações das cidades, com o feliz acaso da combinação inesperada de cores.  Muito bom, parabéns.

www.paulorenatocolombiano.com


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Tempo e duração


          
           Refletir a continuidade das ações, projeções no âmago da coletividade, repetição até a exaustão, é esse o âmbito da obra de Fernando Pareja e Leidy Chaves na série "Toy locomotion", vídeo instalação de animação em 3D de pequenas esculturas.
Pequenos personagens saltam em grupos de protestos; pessoas seguem pessoas, que se encaminham para um círculo, buraco escuro onde despencam e desaparecem. Gritos e sons estridentes ecoam no espaço. Muito interessante e inquietante ao mesmo tempo...
              
Vídeo- instalação  Untitled 2012 da série
 "Toy locomotion"


Procurar no Youtube: Art BO 2012 FERNANDO PAREJA & LEIDY CHAVEZ



          

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Arte Oriental

          A Pintura na China e no Japão é permeada pela prática do Zen, que significa Meditação, Percepção direta  da realidade que envolve a ciranda dos elementos que vivem e se equilibram na natureza: a água apaga o fogo, o fogo derrete o metal, o metal corta a madeira, a madeira sustenta  a terra e a terra sustem a água.
        A substância da paisagem se realiza quando o pintor atinge a compreensão do princípio do universo, a ordem do mundo. Na concepção mítica e filosófica do pensamento chinês, o universo está equilibrado em dois princípios contraditórios e complementares ( Yin e Yang), movimento e repouso que abrangem todos os aspectos da realidade.

          No oriente a pintura não é uma descrição do espetáculo da Criação, ela é, ela mesma uma criação no sentido literal do termo, um microcosmo cuja essência é idêntica ao macrocosmo. A pintura e a poesia chinesas não têm nada a ver com espetáculo, representação. O pintor no seu "campo", que pode ser na seda ou no papel, faz uma reconstituição ritmada de diferentes espaços e ciclos das estações; o céu e a terra são dois termos opostos que concorrem para a produção da paisagem assim que o pintor consegue achar pelo traço do pincel a medida que os articula: medida que inclui o infinitamente grande e o infinitamente pequeno. O céu enlaça a paisagem por meio de ventos e nuvens, e a terra a anima com rios e rochas, respeitando a medida das metamorfoses.          O pincel serve para inventar as formas, a cor serve para diferenciar a sombra da luz. Por meio do pincel é possível expressar a estrutura, a massa das coisas, os volumes, as texturas, a forma, a matéria, a profundidade e o claro-escuro ao mesmo tempo!          "O coração e a mão devem ser um só" é o que importa para o pintor chinês de aquarelas.          
Guo-Xi (1082-1135)

Guo Xi, pintor do séc. XII disse: " Quando tudo em volta de mim torna-se familiar,  e que meu coração e minha mão respondem um ao outro, posso enfim me conformar livremente  às regras, e encontrar em tudo o meio de voltar à fonte". ( do pensamento criativo, da inteligência superior).
Mi-Fu (1051-1107)

Citação do texto do livro: Damisch, Hubert , Théorie du nuage, Editions du Seuil, Paris, 1972
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No oriente  a arte consiste em suscitar o movimento criador pela oposição dos contrários. 
DAO= lei das mutações

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Maria do Carmo da Hora


Pintura  Espiritual
Maria do Carmo da Hora



Você conhece uma artista que pinta sob influência de guias espirituais?
Esta é Maria do Carmo da Hora....
Vale a pena conhecer
www.facebook.com/mariadocarmo.pinturaespiritual





sábado, 16 de agosto de 2014

Artes Gráficas - imagem e texto

          O fato de ter acesso aos programas editoriais e serviços de impressora individual não permite ao usuário do computador divulgar todo tipo de texto truncado, e imagens confusas, barbarizando o projeto visual por desconhecimento das regras que norteiam as artes gráficas.
          O perfeito conhecimento da língua portuguesa deve estar em primeiro lugar. As letras maiúsculas devem iniciar as frases e nomes próprios. Não é correto misturar  maiúsculas e minúsculas aleatoriamente.
          Para cartazes, folhetos e comunicações em geral as letras devem ser simples, de fácil leitura.  Só usar letras de fantasia com objetivo específico. Exemplo:o livro "L´Heraldique" de Claude Wenzler, Editions Ouest-France tem letras góticas em sua capa porque refere-se à heráldica da Idade Média, e portanto do período gótico. É uma exceção, demais casos valer-se sempre da simplicidade.

          Distorções, alterações, inversões em títulos são apropriadas quando se trata de colocar em destaque o conteúdo da matéria, isto é, do texto a que se refere.
     Porém textos secundários (que contêm informações precisas como datas, autores, endereços, telefones, cifras e  nomes próprios) todos  devem ficar bem legíveis,   para isso usar sempre letras simples, sem floreios.
      Para obter boa visibilidade do texto, usar o contraste das cores. O mais forte  é o contraste preto sobre o amarelo, que vai muito bem em outdoors, mas deve ser usado com muito cuidado em pequenos formatos. Em pequenos cartazes, jornais, livros , folhetos, revistas e comunicações em geral é preferível usar o contraste preto sobre  branco e vice-versa.
       Nunca envolver textos em molduras decorativas, enfeites, a não ser que o projeto exija por algum motivo esse tipo de ornamento. 
          Para colocar  um texto sobre uma foto, pode-se procurar o espaço mais homogêneo da imagem, para que o texto tenha uma só cor, contrastando com o fundo da imagem. No caso de fotos de pessoas e animais, evitar que o texto fique muito próximo ao rosto ou focinho. Evitar também as letras de contorno, porque  em vez de tornar o texto mais claro, elas criam uma espécie de emanação que embaralha a vista do observador.
          Observar as cores contidas nas fotos e colocar o texto em cores contrastantes.  As famílias amarelo, laranja, vermelho, bege e marrons avermelhados opõem-se às famílias azuis de todos os tons, azuis esverdeados, cinzas azulados.  As famílias violeta, magenta, lilás, rosas contrastam com verdes amarelados, verdes de vários tons, amarelo canários e alguns tipos de bege e laranja. Tons escuros sobre fundos claros, e tons claros sobre fundo escuro. O branco sobre fundo claro é bastante perigoso por causa da perda de nitidez, então é preferível usar o preto sobre o  fundo claro.
          Cuidar sempre que o texto esteja bem legível, caso contrário separá-lo da foto.
          Demais textos anexos a desenhos, caricaturas, grafites, pinturas e outros tipos de arte possuem total liberdade de criação em forma e conteúdo, e não precisam obedecer a essas regras que dizem respeito apenas  à comunicação.
          São poucas dicas,  mas espero contenham algumas soluções bem práticas. 
          Exemplo de cartaz em que texto, desenho e cores estão posicionados de forma correta:
       
          Exemplos de cartazes que dividem o mesmo tema, com pior e melhor solução visual:
O cartaz é sem movimento, letras de contorno prejudicam a leitura, as figuras humanas se confundem com  a caixa de som do fundo.

Há criatividade , o auto falante substitui o círculo da letra O na palavra SOM, a posição inclinada do conjunto dá movimento ao cartaz, a figura feminina está muito bem posicionada, o texto sobre os joelhos está correto,  mas a parte inferior direita ainda poderia ser melhor estudada.