Publicidade na medida certa
Parece que a resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente vai dar um basta na propaganda abusiva direcionada ao público infantil, que tantos danos tem causado às famílias, devido à impossibilidade de frear a ânsia de consumo a que a televisão induz incessantemente.
Em entrevista concedida a Vitor Fraga, na revista "Tribuna do Advogado" maio 2014, Ana Paula Bragaglia fala sobre a percepção infantil: (...) " Embora haja exceções, até quatro ou cinco anos geralmente não se reconhece a diferença entre a publicidade, um produto de ficção e outro ligado à realidade, como o jornalismo. E mesmo após aprenderem a diferença, crianças não têm uma capacidade crítica muito aguçada para frear seus desejos de consumo".
E Pedro Hartung sobre a nova resolução: (...) "É preciso respeitar o público infantil especialmente nas relações de consumo. Ninguém é contra a publicidade, ela não irá acabar. Apenas será feita de outra forma, redirecionada ao público maior de 12 anos, ou aos pais, que são os verdadeiros responsáveis por fazer a mediação dessa relação tão complexa que é a de consumo. Não é um pedido justo, é um pedido ético, e agora também uma determinação por meio da resolução".
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