Técnicas vazias
J. Krishnamurti, The Book of LifeVocê não pode conciliar criatividade com empreendimento técnico. Você pode ser perfeito tocando piano, e não ser criativo; pode tocar piano brilhantemente, e não ser um músico. Pode ser capaz de manipular cores, pintar uma tela muito habilmente, e não ser um pintor criativo. Você pode criar um rosto, uma imagem em pedra, porque aprendeu a técnica, e não ser um mestre criador. A criação vem primeiro, não a técnica, e por isso somos infelizes em nossas vidas. Temos técnicas – como construir uma casa, uma ponte, como montar uma máquina, como educar nossos filhos através de um sistema – nós aprendemos todas estas técnicas, mas nossos corações e mentes estão vazios. Somos máquinas de primeira classe; sabemos como funcionar muito bem, mas não amamos uma coisa viva. Você pode ser um bom engenheiro, pode ser pianista, pode escrever com bom estilo em inglês ou marathi ou que idioma seja, mas a criatividade não se encontra pela técnica. Se você tem algo a dizer, cria seu próprio estilo; mas quando você nada tem a dizer, mesmo que tenha um belo estilo, o que você escreve é apenas a rotina tradicional, uma repetição com novas palavras da mesma coisa velha. Assim, tendo perdido a canção, vamos ao encalço do cantor; e eu digo que a canção é essencial, a alegria de cantar é essencial. Quando a alegria está ali, a técnica pode surgir do nada; você inventará sua própria técnica, não terá que estudar dicção ou estilo. Quando você tem, você vê, e o próprio ver da beleza é uma arte.
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" Pintura é liberdade! Quando se salta, pode-se também uma vez descer pelo lado errado da corda. Mas quando não nos arriscamos a cair de focinho, o quê então? Então não se salta." Picasso
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