Pais não precisam esperar que a escola de seus filhos organize excursões a lugares interessantes a fim de estimular a experiência sensível do mundo. Podem, eles mesmos, criar essas condições.
Com antecedência, procurem lojas (de tecidos, padaria, sapataria, serraria, loja de ferragens, de flores, de plástico, etc) e façam contato com os lojistas; perguntem se alguém pode explicar a origem dos produtos expostos, e suas funções.
No dia marcado, levem as crianças com bloco sem pauta para que possam fazer anotações e desenhos; permitam que peguem as ferramentas, observem as formas diferentes, sintam a textura dos tecidos, dos couros, dos sapatos, das madeiras, dos plásticos, etc... e desenhem o que acharem interessante, escrevam nomes e particularidades. Façam uma ou duas visitas de cada vez..
No caso de visitas a museus, centros culturais e exposições de arte, preparem a visita informando-se da história do museu, da origem e das técnicas dos artistas em exposição; procurem despertar nas crianças o desejo de estar em contato direto com as obras.
Atualmente os museus têm múltiplas funções, desde atividades educativas, venda de livros,, posters, camisetas, souvenirs, café, restaurantes, etc. Tudo é muito estimulante, e as crianças naturalmente expressam alegria nos espaços de interatividade.
Mas, se você é responsável por um grupo, antes de adentrar o espaço exclusivo destinado à exposição, lembrar que desliguem os celulares, respeitem as faixas de distanciamento das obras, não toquem nas obras (a não ser que tenham sido planejadas com esta finalidade), falem baixo, não atravessem diante das pessoas que estão admirando os quadros. Observar que esse espaço também recebe pesquisadores, especialistas, estudantes de arte que fazem cópias das obras, pessoas que foram ali para trabalharem concentradas. De modo que a comunicação do grupo pode ser feita em voz baixa, o professor pode até combinar alguns sinais quando quiser reunir a turma e fazer uma observação especial. Porém, não é adequado dar uma aula no espaço destinado à exposição.
Que tudo seja visto em largo tempo, para ser bem assimilado. O olhar abraça a imagem como um todo, depois discrimina detalhes. É um processo dinâmico, que repetido exercita a inteligência e desenvolve a criatividade.
O importante é que o grupo mostre-se curioso, interessado, e que o professor demonstre prazer em responder às solicitações. No caso de se sentir inapto para tantas questões, recorrer à visita guiada, e usufruir também de conhecimentos técnicos mais aprofundados.
O ideal é que a visita seja parte de um projeto concebido pela turma e já em andamento. O resultado será um arquivo rico de temas e imagens que as crianças utilizarão nas atividades artísticas.
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